Termopar tipo B características
Características:
- Define a Escala Internacional Prática de Temperatura / IPTS na faixa de 630,74°C (ponto de fusão do antimônio) a 1064,43°C (ponto de fusão do ouro), sendo adotado como padrão nesta faixa.
- Apresenta boa precisão em altas temperaturas embora tenha uma milivoltagem baixa se comparado a outros termopares, devido a pureza de seus fios.
- Recomendados para uso em atmosferas inertes e oxidantes em regime contínuo.
- Vapores metálicos são prejudicais e devem ser usados tubos cerâmicos de alta alumina.
- Uso em altas temperaturas, não observando uma proteção adequada ou bitola do fio, o rompimento do sensor se dá pelo desgaste dos elementos. Em altas temperaturas a platina fica susceptível à contaminação e grãos são formados ao longo do fio, provocando mudanças na sua calibração e rompimento, caso não sejam devidamente protegidas.
- Para altas temperaturas (acima de ± 1350°C), devem ser utilizados capilares e tubos protetores de alta alumina (tipo 710).
- Normalmente utilizado na bitola: 24 AWG (0,51 mm). Devido serem usados em temperaturas muito altas as bitolas de 27 AWG (0,35 mm) e 30 AWG (0,30 mm) não são aplicadas comercialmente, e nem indicadas para uso.
- Devido a sua grande precisão e estabilidade em altas temperaturas, são usados como padrões em laboratórios de calibração. Utilizado como padrão na calibração de outros termopares.
- Os termopares de platina de um modo geral não podem ser usados em atmosferas sulfurosas e se utilizados devem ser cuidadosamente protegidos para evitar a contaminação de seus fios.
- Mudanças na calibração podem ocorrer pela difusão de Ródio do elemento negativo para o positivo, ou pela volatilização do Ródio (elemento positivo).
- Se protegidos adequadamente, podem ser usados em atmosferas redutoras.
- No vácuo, apenas por períodos curtos de tempo e devidamente protegidos.
- Contaminação dos fios de platina se apenas protegidos por tubos metálicos e não devidamente isolados internamente.
- Não pode ser usado em temperaturas abaixo de 100°C uma vez que a sua milivoltagem abaixo desse valor não apresenta consistência para se fazer medições.
- Pode ser utilizado em atmosferas inertes, oxidantes e por curto período de tempo em vácuo.
- É utilizado em medidas constantes de temperaturas elevadas (acima de 1400°C).
- Apresenta melhor estabilidade na f.e.m. e resistência mecânica, do que os tipos “S” a “R” a temperaturas elevadas.
- Não necessita de compensação da junta de referência, se a temperatura desta não exceder a 50°C.
- Não necessita de cabo de compensação se a temperatura de seus terminais não exceder a 100°C.
- Não pode ser utilizado em temperatura inferior a 100°C.
- Deve‑se utilizar isoladores e tubos protetores de alta alumina (tipo 710).
Curiosidade: Por serem termopares para uso em altas temperaturas, o grande problema deste termopar nas aplicações é a temperatura no cabeçote de ligação. Por ser um termopar que não usa cabo de compensação (cabo de cobre comum é requerido), não existe compensação e se a temperatura no cabeçote exceder os 100°C erros serão adicionados a sua leitura. Existem empresas que possuem um sistema de resfriamento sobre os cabeçotes; como a temperatura aonde são colocados é alta por irradiação este problema é algo realmente problemático.
Aplicações:
Vidro, Siderúrgica, alta temperatura em geral.