Termopar Bloco Plástico Poliamida e Termoresistências

Termopar Bloco Plástico Poliamida

Invólucro normalmente construído em poliamida com tampa roscada, e são utilizados em locais aonde os metálicos, por motivo de corrosão, não são indicados.

Importante salientarmos que esses cabeçotes somente deverão ser utilizados em locais aonde os tradicionais fabricados em alumínio ou ferro não tenham uma satisfatória operação. Normalmente em áreas corrosivas, ou mesmo em localidades próximas ao litoral, as tampas dos cabeçotes de alumínio costumam travar e não se soltam com facilidade.

Muitas vezes é necessário cortar a tampa ao meio no sentido longitudinal afim de que ela se abra em duas partes e retirada lateralmente.

Aconselhamos o uso de cabeçotes de poliamida, porém vale ressaltar alguns pontos importantes de limitações e vantagens de se utilizar este acessório:

1) Proteção eletrostática: Os cabeçotes de ligação muitas vezes são utilizados como proteção a transmissores de temperatura, que convertem o sinal do sensor, seja ele PT-100 ou termopar, para 4 a 20 mA (miliampere). Muitas vezes estes transmissores de temperatura, quando possuem ajustes de zero e spam, através de “trimpots”, que acabam se tornando pequenas antenas que captam qualquer ruído ou interferência externa próxima a eles. Um exemplo prático e comum é o uso do rádio de comunicação, que quando utilizados, geram sinais de alta freqüência, que interferem nas medidas provocando oscilações. Para se resolver este problema, basta que o transmissor de temperatura esteja protegido por um cabeçote metálico (alumínio, ferro ou inox); desta maneira o transmissor terá a proteção eletrostática do cabeçote, que dissipará os ruídos e interferências através da parte metálica do sensor e conseqüentemente à tubulação ou carcaça do local que está sendo medido. Se o local aonde estão instalados os sensores não houver um aterramento suficiente, é comum ligar-se um fio para esse fim; algumas empresas se utilizam de um dos bornes do bloco de ligação que não estão sendo usados, para aterramento, e toda instrumentação de cabeamento já é passada desta forma. Quando da compra dos sensores pode-se solicitar a inclusão deste borne de aterramento que logicamente deverá estar em contato com o corpo metálico do cabeçote, porém internamente; outra forma também utilizada é a ligação de um fio de aterramento pelo lado externo do cabeçote através de apenas um parafuso de fixação.
Os cabeçotes de plásticos já não oferecem esta propriedade de proteção eletrostática, podendo nestes casos ser a única solução a troca pelos metálicos.

2) Umidade no cabeçote: Um dos problemas mais complicados a se resolver porém através de um bom estudo, podemos melhorar e muito a vida útil e performance dos sensores. Lembramos entretanto, que a melhor forma de resolver o problema de umidade ainda é insistir com a montagem através do cabeçote, totalmente contrário ao que se pensa, aonde a montagem com pote e rabicho, iremos resolver este problema. Esta montagem se repararmos bem, verificaremos que a resina que é colocada no pote de ligação afim de selar a conexão entre cabo e sensor não conseguir fixar de maneira adequada na isolação do condutor, fazendo com que qualquer movimentação do rabicho, o vão aumente de tamanho possibilitando a entrada de umidade para o sensor. Isso sem contar que a umidade poderá entrar pela própria isolação do cabo que termina dentro do sensor; existem potes de ligação tipo prensa cabo aonde através de um aperto teremos uma melhor isolação, pois a anilha de poliamida responsável por este aperto, fixa de maneira adequada à isolação externa do cabo de ligação, mas a prática ainda mostra que tal montagem tem suas limitações. Já com o cabeçote, existe a possibilidade de usar resinas especias que quando utilizadas fazem uma perfeita isolação da parte interna pois, não endurecem e não trincam; alguns tipos de emborrachamento também são muito bem aceitos. Os cabeçotes de poliamida tem uma certa vantagem sobre os metálicos pois eles de certa forma evitam, em uma proporção muito maior que os metálicos, do problema de condensação interna da umidade do ar em que nos metálicos acabam por formar uma série de gotículas em sua tampa e acabam por invadir o sensor e causar a baixa isolação; claro que a simples substituição do cabeçote não irá resolver este problema mas a maioria das resinas disponíveis acabam por se fixar melhor em materiais plásticos.
Já presenciamos casos aonde a umidade no cabeçote era proveniente da isolação do cabo ou seja a umidade percorria a isolação do mesmo até chegar ao sensor; este caso é excepcional, pois neste processo o mesmo percorria a isolação devido a uma diferença de pressão do processo o qual estava submetido o sensor (montagem pote e rabicho), porém vale a pena relatarmos este assunto.

3) Temperatura no cabeçote: Diferente dos metálicos os de poliamida tem um limite de temperatura muito inferior, o qual devemos consultar este valor junto ao fabricante do mesmo.

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